Maia ironiza ‘nova política’ de Bolsonaro e abandona a articulação da reforma

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Maia cansou da “nova política” e de repente decidiu sair de cena

Mônica Bergamo
Folha

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou na quinta-feira (dia 21) em um telefonema ao ministro Paulo Guedes, da Economia, que a responsabilidade por conquistar votos para a reforma da Previdência, a partir de agora, será do presidente Jair Bolsonaro. E não mais dele. De acordo com interlocutores de Maia, ele afirmou a Guedes que a partir de agora fará a “nova política”. E que ela se resume a não fazer nada e esperar por aplausos das redes sociais.

Questionado, Maia negou à coluna que tivesse feito afirmações no tom relatado. Mas disse que, sim, a responsabilidade de buscar votos para a aprovação da reforma é de Bolsonaro. “O papel de articulação do executivo com o parlamento nunca foi e nunca será do presidente da Câmara”, afirma.

VAI AJUDAR… – “Eu continuo ajudando. Sei que a reforma da Previdência é fundamental e não abro mão dela”, diz. “E concordo com o presidente [Bolsonaro]: é preciso construir uma maioria de uma nova forma. Essa responsabilidade é dele”, segue.

“Quando ele [Bolsonaro] tiver a maioria e achar que é a hora de votar a reforma, ele me avisa e eu pauto para votação. E digo com quantos votos posso colaborar”, diz Maia.

A relação de Bolsonaro com o Congresso passa por desgastes. Os parlamentares se queixam de que não são ouvidos pelo Palácio do Planalto e se irritam com as recorrentes declarações que Bolsonaro de que não fará a “velha política”. No caso de Maia, a situação é agravada pelos ataques que o próprio filho do presidente Carlos Bolsonaro já fez a ele nas redes sociais.  E a prisão de Michel Temer, na quinta-feira (dia 21), conturbou ainda mais o ambiente político.

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