Prisão de Temer e Moreira mobiliza o Congresso e deixa em segundo plano a reforma

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Temer e Moreira, mais dois políticos que envergonham o Brasil

Deu no Estadão

“Hoje era para os parlamentares estarem discutindo questões ligadas à reforma da Previdência e os militares. Mas, claro, esse foco está perdido. Com muita sorte, ele será retomado apenas na terça-feira que vem” – a análise é do cientista político Carlos Melo, do Insper, em entrevista ao Estadão. Como Moreira Franco é padrasto da mulher de Rodrigo Maia, disse o cientista político que esse parentesco também deve afetar o presidente da Câmara, não necessariamente do ponto de vista político, mas emocional. “É preciso entender como será a reação no centrão, nessa base do governo”, acrescentou Carlos Melo.

O ex-presidente Michel Temer foi preso em São Paulo, nesta quinta-feira, dia 21, pela Operação Lava Jato do Rio. O ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia) também foi preso. E foi decretada a prisão preventiva de João Batista Filho, o Coronel Lima, amigo do ex-presidente; a mulher dele, Maria Rita Fratezi; de seu sócio Carlos Alberto Costa; e do ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro.

BUSCA E APREENSÃO – Temer recebeu voz de prisão da Polícia Federal quando saía de sua residência logo no início da manhã, na rua Bennet, no Jardim Universidade, zona oeste da capital paulista. A PF fez buscas na casa de Temer e também em seu escritório.

A ação de hoje é decorrente da Operação Radioatividade, investigação que apurou crimes de formação de cartel e prévio ajustamento de licitações, além do pagamento de propina a empregados da Eletronuclear. Após decisão do Supremo Tribunal Federal, o caso foi desmembrado e remetido à Justiça Federal do Rio de Janeiro.

O inquérito que mira Temer e seus aliados tem como base as delações do empresário José Antunes Sobrinho, ligado à Engevix.

SEM CONEXÃO – Na decisão que levou à prisão o ex-presidente Michel Temer nesta quinta-feira, 21, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, o processo afirmou não tem conexão com crimes eleitorais.

O magistrado se referia ao julgamento do Supremo Tribunal Federal, que, por 6 votos a 5, decidiu que ações sobre corrupção e caixa 2 ficam sob competência da Justiça Eleitoral.

Em Brasília, o vice-presidente Hamilton Mourão comentou a prisão de Michel Temer. “É muito ruim ter ex-presidente preso. Agora é esperar as investigações.”

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