Será que o ministro das “laranjas” aceitará ir ao Senador prestar depoimento?

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O ministra ainda não foi demitido, mas já está dando “tchau”

Natália Portinari e Amanda Almeida
O Globo

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio , foi convidado por requerimento a prestar esclarecimentos no Senado Federal sobre a denúncia de que utilizou candidatas laranjas para desviar recursos públicos nas eleições. O requerimento é de autoria do senador Randolfe Rodrigues e foi aprovado nesta terça-feira na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), sob a presidência do senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL).

O requerimento cita entrevista de Cleuzenir Barbosa, candidata a deputada estadual em Minas Gerais, à “Folha de S.Paulo”, em que a candidata afirma que o PSL promoveu um esquema de lavagem de dinheiro.

FUNDAMENTAL – “Fica claro que a presença do ministro Marcelo Álvaro Antônio a esta Comissão é fundamental para que consigamos esclarecer esse fato que vem estarrecendo a República”, diz o pedido.

“Acredito que não haverá nenhuma recusa, por parte dele, de vir esclarecer tais denúncias”, disse o líder da oposição, Randolfe Rodrigues (REDE-AP), em nota. Como se trata de um requerimento de convite, o ministro não é obrigado a comparecer ao Senado.

— No ano passado tivemos a primeira eleição paga majoritariamente com recursos públicos. Se há algum questionamento sobre o bom uso do financiamento público, cabe a esta comissão fiscalizar. Espero que o ministro aceite o convite pra vir falar aqui — disse Rodrigo Cunha.

TERCEIRA DENÚNCIA – Na semana passada, uma terceira denúncia de envolvimento em esquema de candidaturas-laranja contra o ministro veio à tona. Candidata do PSL de Minas Gerais ao cargo de deputada federal nas eleições do ano passado, Adriana Moreira Borges afirmou que um assessor de Álvaro Antônio condicionou um repasse de R$ 100 mil do fundo partidário do PSL para sua campanha à devolução de R$ 90 mil ao partido.

Em entrevista ao Globo, ela contou que a garantia de retorno dos valores deveria ser dada por meio de nove cheques com valores em branco, assinados por ela. Segundo Adriana, as condições para o repasse foram informadas a ela por Roberto Silva Soares, mais conhecido como Robertinho Soares, ex-assessor do gabinete de Álvaro Antônio na Câmara dos Deputados e atual primeiro-secretário do diretório do PSL em Minas.

Adriana afirma que não aceitou as condições para o repasse e, por isso, recebeu do partido apenas R$ 4 mil, pagos em duas parcelas de R$ 2 mil. Diz ter ficado “chocada” ao ouvir a proposta.

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