Sérgio Cabral quer fazer delação, para “entregar” o Tribunal de Justiça e o STJ

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Charge do Mariano (Charge Online)

Lauro Jardim
O Globo

Condenado até agora a 197 anos de prisão, Sérgio Cabral sempre negou ter recebido propinas. Admitia, no máximo, ter usado sobras de campanha para seus luxos. Agora, numa reviravolta em sua resistência em reconhecer o óbvio, Cabral quer fazer uma delação premiada.

O líder máximo da organização criminosa fluminense deu uma procuração para o seu novo advogado, João Bernardo Kappen, negociar a colaboração com o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e com a Procuradoria-Geral da República. Kappen já começou a conversar, ainda em estágio inicial, com autoridades ligadas à Lava-Jato no Rio.

JUSTIÇA NA PAUTA – Mas, afinal de contas, o que Cabral teria a contar, após dezenas de delações terem esquadrinhado a roubalheira incrustada no Rio?

O cardápio inicial inclui o Judiciário — tanto o Tribunal de Justiça do Rio quanto o STJ (Superior Tribunal de Justiça) —, além de ex-chefes do MP fluminense, as jogadas nebulosas da Copa do Mundo e a compra de votos para a Olimpíada de 2016, além de detalhamentos de fatos de corrupção já narrados em outras colaborações premiadas.

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