Geraldo entrega primeiro laboratório do ‘Escola do Futuro’

Foi a primeira das 12 unidades que serão entregues pelo programa Escola do Futuro

Foi a primeira das 12 unidades que serão entregues pelo programa Escola do Futuro        Foto: Andréa Rego Barros/Divulgação

Com investimento de R$ 200 mil do município, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB) inaugurou nesta sexta-feira (30) o Laboratório de Ciências e Tecnologia, na Escola Pedro Augusto, na Boa Vista. O espaço é o primeiro do tipo na rede municipal do Recife e tem capacidade para receber 40 estudantes, simultaneamente. A meta é implantar 12 laboratórios similares nas demais escolas da rede, através do programa Escola do Futuro. 

Para Geraldo Julio, a inauguração do espaço vai atrair e dinamizar o aprendizado, levando o conhecimento para além da sala de aula. “Laboratórios de Ciência e Tecnologia são espaços completos. Não é só tecnologia e robótica, envolve engenharia e matemática e traz para dentro do laboratório professores de geografia, história, português para o aprendizado ficar conectado com o futuro e muito mais atrativo para nossas crianças”, afirmou o prefeito.

O espaço da Escola Municipal Pedro Augusto será um local que funcionará em quatro quadrantes: Laboratório Convencional de Ciência Básica; Instrumentação Científica; Robótica e Programação e Espaço Maker. Entre os artefatos e equipamentos no Laboratório, os estudantes terão desde kits de montagem de robótica a microscópios, vidraria e substâncias químicas reagentes, peças de anatomia básica, 50 tablets, câmeras de foto e filmagem e impressora 3D, entre outros itens. Na escola Pedro Augusto, que funciona em horário integral, 360 estudantes serão beneficiados.

secretário municipal de Educação, Alexandre Rebêlo, destacou o esforço constante para tornar a escola mais atrativa. “Agora, a gente quer trabalhar com clube de ciência, tendo como unidade central o laboratório da escola. A ideia é que o espaço sirva não apenas para ciências, mas para as outras disciplinas. A expectativa é que eles possam desenvolver os projetos aqui dentro, porque quando criamos projetos que façam sentido para os estudantes, eles ficam estimulados e querem ficar mais tempo dentro da escola”, disse.

Impressora 3DImpressora 3D – Crédito: Andréa Rego Barros/Divulgação

Impressora 3D – Em fase de testes, a impressora 3D já serviu para dois projetos inovadores propostos pelos estudantes. Um deles foi a construção de uma mão em PLA, material termoplástico biodegradável e cujo protótipo visa incluir movimentos para as falanges e ser utilizada como prótese para pessoas com deficiência.

Um dos alunos à frente do projeto da prótese da mão é Pablo Henrique, 13 anos. Ele conta que a ideia surgiu da convivência com um colega que não tinha a mão esquerda. “Com a ajuda de ortopedista e fisioterapeuta, a gente tirou as medidas da mão dele e fez um projeto 3D para simular a mão e as articulações”, contou o estudante, acrescentando que o laboratório é uma oportunidade para sair do campo teórico e ir para prática.

Projeto Escola do FuturoCrédito: Andréa Rego Barros/Divulgação

Acompanhamento – Estudantes e professores de cada laboratório terão o apoio integral de um coordenador com perfil para atuar em ciência, pesquisa científica e cultura maker e dois auxiliares (estudantes universitários de iniciação científica ou de curso de nível superior de áreas de ciências ou tecnológicas). O projeto prevê ainda ampliação de parcerias com as universidades, o Espaço Ciência, Porto Digital, Cesar e FabLab Recife, entre outros.

Na prática, as aulas nos laboratórios irão se amparar nas metodologias de aprendizagem baseada em problemas e STEAM (Science, Technology, Engineering, The Arts and Math – Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática e em problemas propostos pelos professores e pelos próprios estudantes com aulas regulares de demonstração; projetos para feira do conhecimento ou de ciências; projetos especiais com o desenvolvimento de aplicativos/software ou novos dispositivos com soluções contextualizadas por equipes dos clubes de ciência ou robótica; aulas práticas; projetos com pesquisadores das universidades parceiras e servir de espaço mais adequado da escola para determinadas práticas pedagógicas extraordinárias.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *