Congresso da Ucrânia aprova lei marcial por 30 dias

Pedido foi feito pelo presidente Petro Poroshenko como resposta a ação da Rússia no Mar de Azov e permite convocar reservistas

Presidente da Ucrânia solicitou lei marcial

Reprodução/ Reuters

O Congresso ucraniano aprovou nesta segunda-feira (26) a instauração da lei marcial no país. O pedido foi feito pelo presidente Petro Poroshenko depois de a tensão entre a Rússia e a Ucrânia aumentar no fim de semana no mar de Azov.

O decreto valerá por 30 dias a partir de 28 de novembro. No domingo, a Rússia apreendeu embarcações ucranianas que navegavam na região.

A partir de agora o governo poderá restringir as manifestações públicas, regulamentar a mídia e obrigar os cidadãos a realizar tarefas “socialmente necessárias”, como trabalhar em instalações de defesa, informou a imprensa local.

O presidente afirmou que a lei marcial “não significa uma declaração de guerra”.

Políticos divididos sobre lei marcial

Antes da votação os políticos estavam divididos quanto ao pedido, pois as eleições gerais e parlamentares que devem acontecer em março do ano que vem poderiam ser canceladas, mas com a duração de apenas 30 dias, o pleito não deve ser afetado.

A última vez que a Ucrânia decretou a lei marcial foi em 2014, durante o confronto na Crimeia.

A votação está marcada para começar às 16 horas, no horário local (12 horas no horário de Brasília).

Águas compartilhadas

Segundo um tratado de 2003 entre os governos de Moscou e Kiev, o Estreito de Kerch e o Mar de Azov são águas territoriais compartilhadas. Ainda assim, a Rússia acusou a Ucrânia de invadir suas águas territoriais.

Em 2014, a Rússia anexou a região da Crimeia que até então pertencia à Ucrânia. Os dois países vivem em clima de tensão desde então.

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