Pernambucano vence o Prêmio Jabuti 2018

Geraldo Holanda Cavalcanti ficou em primeiro lugar na categoria Melhor tradução

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O mais importante prêmio literário do Brasil, o Jabuti, anunciou na noite desta quinta-feira (8) os vencedores de sua 60ª edição. A premiação da Câmara Brasileira do Livro (CBL) aconteceu no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, e reuniu grandes nomes da literatura nacional. O pernambucano Geraldo Holanda Cavalcanti venceu na categoria Melhor tradução com a Antologia de poemas de Giuseppe Ungaretti, editada pela Editora da Universidade de São Paulo (Edusp). Ele dividiu o título com Fábio Bonillo, que também ficou em primeiro lugar na categoria, com a tradução de O macaco e a essência (Biblioteca Azul). À Cidade, do cearense Mailson Furtado Viana, foi o grande vencedor da noite, levando o Jabuti de Livro do Ano.

Geraldo Holanda Cavalcanti nasceu no Recife, em 6 de fevereiro de 1929. Estudou no Colégio Nóbrega e diplomou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife, em 1951, após estágio realizado na Academia de Direito Internacional da Haia, no ano anterior. É membro efetivo da Academia Mexicana de Direito Internacional e ocupa a cadeira núimero 29 da Academia Brasileira de Letras (ABL).

O livro vencedor é, de acordo com a Edusp, uma “seleção, ao mesmo tempo que contém a marca do gosto pessoal do tradutor, é bastante representativa da obra do poeta italiano”. De acordo com o crítico Alfredo Bosi, no prefácio, o livro traz “em harmonioso diálogo a voz de Giuseppe Ungaretti e a escrita sóbria e exata de seu tradutor e intérprete”. Os poemas, vários deles inéditos em língua portuguesa e algumas traduções revistas, são apresentados em formato bilíngue e seguindo a ordem cronológica da publicação dos originais, a partir de 1931.

Outros dois pernambucanos concorreram, mas não levaram a estatueta. O escritor José Almino de Alencar foi finalista na categoria Crônicas com o título Gordos, magros e guenzos, publicado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). Já o jornalista e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Thiago Soares concorreu na categoria Economia Criativa, com o livro Ninguém é perfeito e a vida é assim: a música brega em Pernambuco (Outros Críticos, 2017).

Neste ano, não houve a premiação de segundos e terceiros colocados. Os jurados, que receberam as obras do formato eletrônico, indicaram dez finalistas. Nesta edição, foi premiado apenas o primeiro lugar que, diferentemente das edições anteriores, só foi revelado na cerimônia.

A mudança se espelha no Oscar, a maior premiação do cinema, que indica finalistas, mas só premia o melhor de cada categoria. O Jabuti teve 18 modalidades (eram 29 no ano passado) e escolhe um vencedor como Livro do Ano, que recebeu R$ 100 mil. Os vencedores recebem R$ 5 mil (eram R$ 3,5 mil em 2017). Duas novas categorias foram criadas em 2018: Formação de Novos Leitores e Impressão. Em junho deste ano, Luiz Armando Bagolin renunciou ao cargo de curador, que ocupava pelo segundo ano.
Tradução
1º Lugar – Título: Poemas | Tradutor(a): Geraldo Holanda Cavalcanti | Editora(s): Editora da Universidade de São Paulo
DP

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