No dia 11 de novembro, o Congresso foi dissolvido e um governo provisório tomou posse, prometendo eleições em breve. O que veio foi uma ditadura que durou até 1945
O Governo Provisório conseguiu concentrar amplos poderes. Logo após sua instalação, Vargas baixaria um decreto, que garantiu além do Poder Executivo, o Legislativo. Esse arranjo duraria, segundo o texto, até que uma Assembleia Constituinte eleita processasse a reorganização constitucional do país. Com o fechamento do Congresso Nacional e das Câmaras Municipais, foi criado o cargo de interventor federal nos estados.
Essa concentração de poderes fez emergir disputas pelo poder, como a coalizão revolucionária. Nos meses que se seguiram à Revolução de 1930, cresceu entre os constitucionalistas liberais a vontade por uma representatividade autêntica. Isso implicava o cumprimento das promessas de Vargas de convocar uma Assembleia Constituinte. Para acalmar os grupos que exigiam o regresso ao regime constitucional é publicado, a 24 de fevereiro de 1932, o novo Código Eleitoral. A publicação do novo código foi seguida de um decreto que fixava o dia 3 de março de 1933 para a eleição da Assembléia Constituinte. Embora sem resultados práticos, o grupo tenentista reagiu com manifestações de violenta rejeição às medidas de reconstitucionalização.
Entretanto, crescia o movimento de oposição ao regime que se prolongava. Em 9 de julho de 1932, São Paulo levantou-se em revolta armada, conhecida como a Revolução Constitucionalista. Após dois meses de sítio ao estado, os revoltosos renderam-se às forças federais.
Foram então mais dois anos para a promulgação da nova Constituição. No dia 17 de julho de 1934, Vargas foi eleito presidente da República do Brasil, devendo exercer mandato até a realização das eleições diretas que ocorreriam, não fosse o golpe em 1937, em janeiro de 1938.
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