Ela nasceu em 23 de outubro de 1920, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Batizada de Lygia Pimentel Lins, ela adotou o pseudônimo Lygia Clark após deixar para trás sua tradicional família de juristas e se mudar para o Rio de Janeiro, em 1947, para estudar arte. Na cidade, ela foi orientada por Burle Marx e Zélia Salgado.

Desde então, dedicou sua vida a revolucionar a arte. Em rejeição ao teor ortodoxo do concretismo ela fundou o neoconcretismo, que criava um novo conceito de arte abstrata. Sua intenção era mudar a natureza e o sentido dos quadros. Para isso, estendia a pintura até a moldura, algumas vezes anulando-a, outras trazendo para dentro do quadro.

Este conceito deu origem a obras como Superfícies Modulares e Contra-Relevos. Entre 1960 e 1964, Lygia trabalhou na obra Bichos, composta por estruturas articuladas que podiam ser manipuladas pelo público. A ideia era fazer o público interagir com a arte, no intuito de despertar sensações e fantasias.

Em 1968, criou a obra A Casa É o Corpo: Labirinto, que simula um útero a ser penetrado pelo visitante, que é levado a experimentar sensações táteis ao passar por compartimentos.

Lygia lecionou arte na Universidade de Sorbonne entre os anos de 1970 e 1975. Em 1978, retornou ao Rio de Janeiro, onde passou a ministrar consultas terapêuticas. Lygia Clark morreu em 25 de abril de 1988, vítima de um ataque cardíaco.

Fonte:
Lygia Clarck-Biografia