EUA, Israel e Egito assinam os Acordos de Camp David

Os acordos, assinados em 17 de setembro de 1978, pavimentaram o caminho para um tratado de paz entre Israel e Egito

EUA, Israel e Egito assinam os Acordos de Camp David
Begin, Carter e Sadat em Camp David (Foto: Jimmy Carter Library)

Os Acordos de Camp David, assinados em 17 de setembro de 1978 pelos então presidentes dos EUA, Jimmy Carter, do Egito, Anwar Sadat, e o primeiro-ministro israelense, Menachem Begin, pavimentaram o caminho para a aprovação de um tratado histórico de paz entre Israel e Egito, concluído em março de 1979.

O presidente Carter teve um papel importante como mediador desses acordos. Desde o início de seu governo, Carter e seu secretário de Estado, Cyrus Vance, realizaram intensas negociações com líderes árabes e israelenses para buscar um fim à disputa por terras no Oriente Médio.

Nos primeiros meses de 1978, o Egito insistia na retirada de Israel da Península do Sinai, da Cisjordânia e de Gaza, mas Israel rejeitava essa demanda. O governo israelense propunha dar alguma autonomia aos povos palestinos durante um período transitório de cinco anos, seguidos pela possibilidade de conceder a soberania. O impasse levou Carter a interceder diretamente, convocando uma cúpula em Camp David, em Maryland, a casa de campo dos presidentes americanos, para reunir Sadat e Begin em conversas diretas.

A Cúpula de Camp David (Camp David Summit) aconteceu entre os dias 5 e 17 de setembro de 1978. Foi um momento histórico, tanto para a disputa árabe-israelense como para a diplomacia americana. Raramente um presidente dos Estados Unidos havia dedicado tanta atenção a uma única questão de política externa.

As negociações se estenderam por duas semanas e foram extremamente difíceis, especialmente no formato trilateral. Para contornar o problema, Carter reunia-se com as delegações egípcias e israelenses separadamente ao longo dos 12 dias da cúpula.

As negociações envolveram diversas questões, incluindo o futuro dos assentamentos israelenses e das bases aéreas na Península do Sinai, mas foi a situação em Gaza e na Cisjordânia que representou a maior dificuldade. No final, embora a cúpula não tenha produzido um acordo formal de paz, teceu as bases para a paz egípcio-israelense, com o anúncio de dois documentos que estabeleciam os princípios de um acordo de paz bilateral, bem como uma fórmula para a concessão da soberania palestina em Gaza e na Cisjordânia.

Fonte:
US Department of State – Camp David Accords and the Arab-Israeli Peace Process

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