Gerson Camarotti
G1 Brasília
Diante da comoção gerada pelo atentado contra o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, as campanhas decidiram reposicionar estratégias. Neste momento, a ordem é retirar ataques ao candidato Jairo Bolsonaro e adotar um discurso de conciliação nacional.
Num primeiro momento, a avaliação é a de que Bolsonaro terá um protagonismo na disputa, colocando o ex-presidente Lula em segundo plano. Até então, a estratégia do PT de sustentar a candidatura de Lula estava monopolizando as atenções da corrida presidencial.
Efeito positivo – O episódio envolvendo Bolsonaro deve também ter um efeito positivo ao candidato do PSL. O ambiente de solidariedade nacional ajudará a diminuir a rejeição ao candidato. Segundo o Ibope desta semana, a rejeição a Bolsonaro atingiu 44%.
Outro efeito imediato, é sentido na campanha do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, que não só retirou do ar a propaganda de desconstrução da imagem de Bolsonaro, como agora terá que dosar o novo tom da campanha.
Alguns candidatos apostavam no tempo de televisão para alavancar suas candidaturas em contraponto a Bolsonaro, que tinha poucos segundos. Mas, diante da tragédia, o candidato do PSL passa a ocupar todos os noticiários do país. A questão do tempo passou a ser um fator secundário neste momento de comoção nacional. A ordem das campanhas passa a ser mergulhar, para só depois de passado esse momento de impacto, testar novas estratégias.