Portos: novas descobertas da PF contra Temer

Entenda as novas descobertas da Polícia Federal no inquérito que investiga propina a Temer

Testemunha revelou elo financeiro entre empresa e operador do presidente

O Globo

Uma nova testemunha, que prestou depoimento à Polícia Federal (PF) na semana passada, trouxe novidades ao inquérito dos portos, que investiga se o presidente Michel Temer beneficiou empresas do setor portuário. O depoimento estabeleceu um possível caminho de propina para o coronel João Baptista Lima, suspeito de ser operador de Temer. Entenda, abaixo, as descobertas.

QUEM PAGAVA

A Rodrimar, uma das empresas concessionárias do Porto de Santos, é investigada pela Polícia Federal por supostamente ter pago propina ao presidente Michel Temer em troca de facilidades no governo.

QUEM RECEBIA

Segundo as investigações da PF, o encarregado de receber a propina da Rodrimar, em nome de Temer, seria o coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima, dono da empresa de engenharia Argeplan.

A FORMA DE PAGAMENTO

Depoimento de uma nova testemunha revelou que, em 2000, a Argeplan de Lima passou a controlar uma outra empresa, a Eliland do Brasil, que só existia no papel. Depois de passar para o controle de Lima, a Eliland conseguiu seu primeiro e único cliente, justamente a Rodrimar. Entre 2000 e 2010, a empresa de gaveta controlada pelo operador de Temer recebeu pagamentos regulares da Rodrimar.

O DESTINO FINAL DO DINHEIRO

A PF acredita que, por ser o controlador da Eliland, o operador de propinas de Temer receberia os recursos da Rodrimar e repassaria ao presidente posteriormente na forma de vantagens financeiras, como a reforma milionária realizada na casa de uma das filhas de Temer.

A respeito da investigação da PF, a assessoria do presidente Michel Temer divulgou a seguinte nota: “O presidente jamais recebeu qualquer tipo de propina da Rodrimar. O decreto dos portos não beneficiou a empresa. E foi assinado em 2017. Todos os supostos pagamentos citados na investigação são de anos anteriores, quando não havia previsão de Michel Temer vir a ser o presidente da República e assinar essa normatização do setor. Essa investigação não tem nexo nem relação de causa e efeito. É pura ficção.”

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