Cargos ao Centrão: máquina de fazer voto

Cargos deram ao Centrão máquina de fazer voto.

O Estado de S. Paulo- Coluna do Estadão

Por Andreza Matais

Mais do que tempo de televisão, políticos experientes dizem que os partidos que compõem o Centrão têm como principal atrativo o fato de unidos serem uma máquina de fazer votos. DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade fizeram a diferença nas últimas eleições, mas, desta vez, a decisão de agir em bloco tornou o grupo uma potência. O ativo advém do fato de controlarem no governo Temer ministérios que tocam programas sociais vitrines. Prefeitos e vereadores beneficiados com verbas serão cobrados, agora, a retribuir ajudando com votos a eleger os candidatos do bloco.

O apoio do Centrão ao presidenciável Geraldo Alckmin, se confirmado, trará para a campanha do tucano uma massa de prefeitos, vereadores, assessores e agregados dessas siglas. Apoio que faz uma grande diferença numa eleição que será marcada pela abstenção e pelos votos em branco e nulo.

Integrante do Centrão, o PP tem o terceiro maior número de vereadores do País, atrás do MDB e do PSDB. Somados, os cinco partidos contam com 1.222 prefeitos e 13.710 vereadores. O grupo tem 164 deputados federais e 17 senadores.

A Lava Jato uniu os partidos do Centrão. Seus integrantes admitem que virou uma questão de sobrevivência se manter no poder. Se Geraldo Alckmin perder, o próximo presidente terá que negociar com o grupo de qualquer jeito para governar.

Em uma das reuniões preliminares do Centrão, o deputado Ricardo Barros (PP), que chegou a se colocar como pré-candidato à Presidência, disse que estará em qualquer governo, independentemente de quem for eleito.

Marcos Pereira (PRB) e ACM Neto (DEM) responderam que não comporiam com um governo do PT. Ciro Nogueira (PP) e Valdemar da Costa Neto (PR) ironizaram. “Ah tá.”

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