Ciro, Alckmin e Bolsonaro dividem a centro-direita

fragmentação da centro-direita começa a inflar divisões dentro dos partidos que não conseguem chegar a um consenso sobre o nome que os representará na disputa eleitoral pelo Planalto. Deputados do DEM, por exemplo, estão apartados em três alas: a que prega o apoio a Ciro Gomes (PDT), a que prefere Geraldo Alckmin (PSDB) e a que aposta em Jair Bolsonaro (PSL). No grupo de WhatsApp da bancada da sigla, há discussões e guerra de memes sobre o melhor candidato.

Rodrigo Maia (DEM-RJ) –que ainda ocupa o posto de presidenciável, mas capitaneia conversas com outras legendas– tornou-se alvo de pressão. Semana passada, recebeu um telefonema de um deputado aliado a Alckmin.

O presidente da Câmara também teve de frear discussão no grupo do partido quando um colega que apoia Bolsonaro enviou um vídeo com uma coletânea de declarações desastradas de Ciro Gomes. Se a decisão do DEM for calçada no quesito quem fala mais besteira, brincou Maia, a competição será acirrada.

A divisão no DEM, assim como em partidos do centrão, tem forte viés regional. No PP, por exemplo, os quadros do Nordeste são Ciro Gomes enquanto os do Sul apoiam Alckmin.

A dificuldade de chegar a um consenso levou siglas como o SD e o PSB a ressuscitarem a tese de que pode ser melhor lançar candidato próprio, mesmo com baixas chances. O escolhido divulgaria palanques de governador na TV e ajudaria as legendas a fugir do embate entre PSDB, PT e PDT. Dirigentes desses partidos apontam Aldo Rebelo (SD-SP) como opção para a empreitada. Daniela Lima – Painel, Folha de S.Paulo)

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