Forças de segurança fazem operação em comunidades da Zona Sul do Rio; 16 pessoas são presas

General Braga Netto supervisionou parte da ação, que conta com mais de mil agentes. Tiroteios assustaram os moradores.

Militares fazem operação na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, na manhã deste sábado (9) (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo)

 

Por Carlos Brito, Eduardo Tchao e Gabriela Bridi

Forças de segurança realizaram operação em quatro comunidades da Zona Sul do Rio de Janeiro neste sábado (9). São elas: Rocinha, Vidigal, Chácara do Céu e Parque da Cidade. A ação envolve cerco, estabilização da área e remoção de barricadas. Mais de mil agentes participam da ação, de acordo com o Comando Militar do Leste (CML). No meio da tarde, os militares deixaram a região.

O general Braga Netto, interventor na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, supervisionou pessoalmente parte da ação na Rocinha. A operação contou com mil militares do Exército, 300 policiais civis e 300 homens da PM, além de cerca de 20 homens da Polícia Federal. Outros 3 mil militares do Exército participaram das ações da Cidade de Deus e da Praça Seca.

Segundo balanço divulgado às 14h15 pelo porta-voz do CML, coronel Carlos Cinelli, 16 pessoas foram presas na Rocinha – 8 em flagrante e 8 por mandados. Um dos detidos foi Ronaldo Azevedo Oliveira da Cunha, conhecido como RD. Ele é acusado de matar um policial militar em 2012 na comunidade.

Munição e drogas também foram apreendidas, mas, até a tarde, nenhuma arma.

RD, acusado de matar um policial militar na Rocinha em 2012, foi preso na ação das forças de segurança (Foto: Reprodução/ TV Globo)
General Braga Netto supervisiona ações na Rocinha neste sábado (9)

Um forte tiroteio foi ouvido na Rocinha no começo da ação. Moradores também relatam helicópteros no entorno da comunidade. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, a Autoestrada Lagoa-Barra foi interditada nos dois sentidos às 6h, para ação das forças de segurança. A via foi reaberta às 7h44.

Por volta das 8h22, mais tiros foram ouvidos na comunidade. Moradoras que tentavam pegar ônibus em frente à comunidade foram obrigadas a se abaixar para se proteger dos disparos. “Eu estou acostumada. Isso é todo dia, não para. Alguém tem que fazer alguma coisa, a gente precisa trabalhar. Não temos mais vida normal aqui dentro”, afirmou uma moradora, agachada.

Moradores da Rocinha se abrigam durante tiroteio
Moradores registram forte tiroteio na comunidade da Rocinha

A Polícia Militar trabalha no bloqueio de possíveis rotas de fuga de criminosos. A Polícia Civil realiza a checagem de antecedentes criminais e cumpre mandados judiciais. A Polícia Federal também está nas comunidades.

As Forças Armadas contam com o apoio de veículos blindados, helicópteros e equipamentos pesados, como escavadeiras, para liberar ruas.

Na Avenida Niemeyer, também há bastante reforço no policiamento.

Esta é a primeira ação das Forças Armadas na Rocinha desde o começo da intervenção, em fevereiro. É também a primeira vez que a Polícia Federal participa de uma açao em parceria com os militares na mesma área desde o começo do processo de intervenção na segurança pública do RJ.

Militares fazem operação na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, na manhã deste sábado (9) (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo)
Blindado em uma das entradas da comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio (Foto: Carlos Brito/ G1)
Uma das entradas da comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio (Foto: Carlos Brito/ G1)
Blindado em entrada da comunidade da Rocinha. Forças de segurança fazem operação no local (Foto: Carlos Brito/ G1)
Militares em uma das entradas da comunidade da Rocinha neste sábado (9) (Foto: Reprodução/ GloboNews)
Comboio das Forças Armadas na Avenida Niemeyer, na Zona Sul do Rio (Foto: Diego Sarza/ GloboNews)
Veículo blindado em uma das entradas da comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio (Foto: Reprodução/ TV Globo)

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