Comunicado final do G7 tem acordo para redução de tarifas no comércio mundial

Consenso foi anunciado depois de discussões tensas entre EUA, de um lado, e Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Japão e Canadá, pelo outro.

 Chanceler alemã, Angela Merkel fala com o presidente dos EUA, Donald Trump, durante cúpula do G7 (Foto: Bundesregierung/Jesco Denzel/Handout via REUTERS)

Os países do G7 chegaram a um acordo neste sábado (9) sobre o comunicado final da cúpula, que fala sobre esforços em reduzir barreiras tarifárias e não tarifárias no comércio mundial, além de diminuir subsídios.

O consenso foi anunciado pelo primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, que presidiu dois dias de discussões tensas entre Estados Unidos, por um lado, e Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Japão e Canadá, pelo outro.

“Destacamos o papel crucial de um sistema comercial internacional fundado sobre regras e seguimos combatendo o protecionismo”, diz o comunicado divulgado após a cúpula em La Malbaie, no Canadá.

“Nos comprometemos a modernizar a OMC com o objetivo de torná-lo mais justo o quanto antes. Faremos tudo que esteja ao nosso alcance para reduzir as barreiras tarifárias, as barreiras não tarifárias e as subvenções”, afirma.

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que a declaração conjunta marca uma tentativa de “estabilizar as coisas” com os EUA, diante de uma disputa comercial que ameaçou separar a aliança.

“Este acordo é uma boa notícia e marca um desejo coletivo de estabilizar as coisas”, afirmou Macron.

“No entanto, não considero que com uma declaração tudo seja resolvido e é óbvio que teremos nas próximas semanas, nos próximos meses, para continuar a trabalhar”, completou o presidente francês.

Uma aproximação do “livre-comércio” foi defendida pelo presidente norte-americano, Donald Trump. “É assim que deve ser. Sem tarifas, sem barreiras. E sem subsídios”, declarou.

“Tivemos debates extremamente produtivos sobre o que é necessário para ter trocas comerciais justas.”

O comércio era o principal ponto de discórdia nesta primeira reunião do G7 após a entrada em vigor das novas tarifas americanas sobre as importações de aço e alumínio, que foram muito criticadas pelos outros membros do G7.

O Irã e o meio ambiente são outras duas grandes questões de disputa entre o presidente dos Estados Unidos, que retirou o país do acordo nuclear iraniano e do acordo climático de Paris.

Saída à americana

O presidente dos EUA, com a cabeça na reunião com Kim Jong Un, chegou 45 minutos atrasado neste sábado para um café da manhã dedicado à igualdade entre os sexos e simplesmente não compareceu a uma sessão sobre as mudanças climáticas.

Antes de chegar para a reunião no Canadá, Trump disse que o G7 deveria reintegrar a Rússia, mas a ideia não foi acatada pelos demais países, que decidiram manter as sanções contra o país de Vladimir Putin.

A Rússia foi excluída do grupo, então chamado G8, em 2014, depois da anexação da Crimeia. O governo russo participava do grupo desde 1998.

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