MPT lança campanha “Junho contra o trabalho infantil”

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No País, a cada dia, pelo menos sete crianças e adolescentes são vítimas de acidentes graves, no trabalho. A estimativa é com base no número de acidentes registrados nos últimos seis anos, de acordo com o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho. Com foco no combate à mão de obra infantil durante o São João e a Copa do Mundo, o Ministério Público do Trabalho (MPT) lançou a campanha “Quando a infância é perdida não tem jogo ganho” no último dia 30, em Campina Grande.

Com o slogan “Quando a infância é perdida, não tem jogo ganho”, a campanha faz uma ‘convocação’ de toda a sociedade e pedirá o apoio dos nossos jogadores da Seleção Brasileira de Futebol (nas redes sociais) para apoiarem o movimento.  A campanha foi desenvolvida pela agência Sin Comunicação. Um vídeo e um spot de rádio foram criados, além de peças como cartaz, leque, outdoor, busdoor, camisa, conteúdo para redes sociais.

“A campanha também tem como alvo uma maior conscientização da sociedade, de modo a que se possa contribuir para uma verdadeira mudança cultural. Qualquer pessoa pode ser nossa parceira. O engajamento é simples. Com um clique, já é possível fazer a diferença!”, disse a procuradora do MPT em Pernambuco, Jailda Pinto.

Jailda ressalta que, em grandes eventos, como São João, Copa do Mundo e Eleições, o trabalho infantil tende a aumentar, inclusive a exploração sexual comercial (esta considerada crime e uma das piores formas de trabalho infantil). “Este ano, teremos esses três eventos. A ideia é chamar todos para o combate, com ações nas redes sociais e, ainda, apoio de TVs e rádios”, informou.

No Brasil, cerca de 2,7 milhões de crianças e adolescentes, na faixa etária de 5 a 17 anos, são explorados pelo trabalho precoce (dos quais 74 mil na Paraíba, sendo 64% do sexo masculino e 36% do sexo feminino), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2015), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essas estatísticas também são uma amostragem e, portanto, não consideram as vítimas do narcotráfico e nem de outras atividades ilícitas e insalubres.

Para o MPT, esse é um “jogo” sem vencedores, pois o futuro de milhares de crianças está ameaçado. “O trabalho precoce afasta meninos e meninas da escola. O cansaço e o desestímulo aumentam a evasão e as chances de fracasso escolar. Então, muitos abandonam a escola e muitos futuros são perdidos pelo caminho”, complementou a procuradora.

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