MPF denuncia Joesley por corrupção em caso de “compra” de procurador da República

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O Ministério Público Federal(MPF) denunciou os executivos e delatores da J&F, holding que
controla a JBS , Joesley Batista e Francisco de Assis
por corrupção ativa, lavagem de dinheiro, violação de sigilo
funcional e embaraço à investigação no episódio de suposta
“compra” de um procurador da República para vazar informações de
interesse deles, afirmou à Reuters nesta terça-feira uma fonte
com conhecimento do assunto.

A acusação criminal foi formalizada perante o Tribunal
Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) porque também foi
denunciado o procurador da República Ângelo Goulart, que tem
foro privilegiado.
A peça, que está sob sigilo, acusa Goulart, que chegou a ser
preso no ano passado neste caso, de ter recebido ajuda de custo
da J&F para vazar informações internas da Procuradoria da
República do Distrito Federal para investigados.

A acusação contra Joesley e Francisco de Assis rompe a
imunidade criminal que eles obtiveram no ano passado. Na
ocasião, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot
concordou com um acordo pelo qual eles não seriam punidos em
troca das delações feitas.

Contudo, posteriormente e antes de deixar o cargo, Janot
pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o rompimento do acordo
de delação desses executivos da J&F sob a alegação de eles terem
omitido informações da colaboração. O ministro Edson Fachin,
relator do caso no STF, ainda não decidiu se rompe o acordo.
Em nota, a defesa de Joesley disse afirmar que recebe a
notícia da denúncia com estranheza, apesar de não ter tido
acesso à acusação.

“Se confirmado o oferecimento de acusação usando fato
denunciado pelo colaborador contra o próprio colaborador,
verifica-se grave desrespeito à lei e às cláusulas do acordo de
colaboração, firmado entre a PGR e Joesley Batista, que preveem
a não denúncia”, disse.

“Há menção expressa pela Procuradora-Geral da República de
que, enquanto o STF não se manifestar sobre a rescisão do
acordo, a denúncia não pode ser recebida contra o colaborador.
Então é um contrassenso os procuradores da República oferecerem
essa denúncia neste momento. Só há uma explicação: ou
desconhecem que o acordo não está rescindido ou desconhecem a
manifestação da PGR”, completou.

 

Reuters

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