Comandante do Exército diz que compartilha anseio de ‘repúdio à impunidade’

General Villas Boas usou uma rede social na noite desta terça-feira para defender, sem citar nomes, que o STF mantenha a prisão em segunda instância

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O comandante geral do Exército Brasileiro, general Villas Boas, usou sua conta no Twitter na noite desta terça-feira (3) para defender, sem citar nomes, que o Supremo Tribunal Federal (STF) mantenha a prisão em segunda instância. Nesta quarta-feira, a Suprema Corte vota o mérito do habeas corpus preventivo impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pede que Lula não seja preso enquanto não se esgotarem todos os recursos em cortes superiores.

 “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?”, questionou o general.

Apesar de a declaração ter sido feita em sua página pessoal, o militar afirmou que o Exército “compartilha” o repúdio à impunidade. E afirmou ainda que o Exército está pronto para cumprir com suas obrigações, em “defesa da Constituição”.

 “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”.

Protestos
Nesta terça-feira (3), cerca de 50 cidades de 23 estados registraram atos contrários ao ex-presidente. Enquanto isso, manifestações favoráveis a Lula acontecem em seis cidades de três estados.
Os atos contrários ao habeas corpus foram organizados por movimentos sociais como o Vem pra Rua (VPR), Limpa Brasil e Movimento Brasil Livre (MBL).

O ex-presidente Lula foi condenado pelo Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4) a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do apartamento tríplex no Guarujá (SP). Entretanto, uma liminar do STF, deliberada no último dia 22 pelo plenário da Corte, impede que o TRF-4 intime o ex-presidente a cumprir a pena em regime fechado.

A decisão do STF tem validade até amanhã (4), quando os ministros da Corte tentam apreciar o mérito do pedido da defesa de Lula. De acordo com os advogados do petista, a prisão após condenação em segunda instância atinge o princípio da presunção de inocência.

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