Execução da vereadora que criticava a polícia tem forte repercussão no exterior

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Nélson de Sá
Folha

O argentino Clarín, o americano New York Times, o inglês The Guardian, a rede estatal alemã ARD e a chinesa CCTV, todos chamaram a atenção, nos relatos sobre o assassinato de Marielle Franco, para o fato de que era “crítica da polícia” e pouco antes havia acusado policiais por um assassinato —e que foi alvo de quatro tiros na cabeça.

Também que tinha apenas 38 anos. No título do francês Libération, “Marielle Franco, renovação da esquerda brasileira, cai sob bala”. Um site militante, Le Grand Soir, estava com Guilherme Boulos quando ele recebeu a notícia e relata suas lágrimas, sob o título “Brasil, democracia sob risco”.

No Washington Post, a longa reportagem “No Brasil, cresce a nostalgia da ditadura” observou, sobre uma manifestação em São Paulo, que “o ar estava carregado de saudades daquela era de terror”.

Repercussão no exterior da execução de quem críticava a polícia

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NOS PRINCIPAIS JORNAIS DO MUNDO
Deu na IstoÉ 
(Agência ANSA)

O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (Psol), famosa por ser ativista do movimento negro e crítica da violência policial do Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira (14) teve repercussão nos principais jornais do mundo.

O caso, mais um registrado na onda de violência no Rio, foi divulgado em publicações norte-americanas como o “The New York Times”, “The Washington Post” e a rede “ABC News. Além disso, a televisão estatal com sede na Venezuela, Televisión del Sur, e o jornal britânico “The Guardian” noticiaram a morte da política.

A matéria original foi produzida pela agência de notícias Associated Press e distribuída aos veículos dos EUA. “Um membro do conselho da cidade e seu motorista foram mortos a tiros por dois assaltantes não identificados em uma rua no centro, no Rio de Janeiro, a segunda maior cidade do Brasil, onde militares foram convocados há um mês após uma onda de violência”, diz o texto.

OUTROS VEÍCULOS – O site da TV venezuelana noticiou que “a proeminente ativista brasileira de direitos humanos e a vereadora de esquerda Marielle Franco foi assassinada no Rio de Janeiro”. Segundo a reportagem, ela “faz parte de uma geração de jovens brasileiros negros que estão se tornando cada vez mais vocais dentro e fora de casas de estado. Franco foi eleito para a Câmara em 2016”.

Já o “The Guardian” ressalta que Marielle era ativista e especialista na análise de violência da PM. Além disso, o jornal reforça que a vereadora chegou a acusar os policiais de serem agressivos ao abordar os moradores das favelas do Rio. “Marielle Franco, vereadora e crítica da polícia, é executada a tiros no Rio”, diz o título da matéria. O “News Deeply”, de Nova York, também destacou o assassinato de Marielle com o título: “Das favelas a vereadora, lutando pelos direitos das mulheres no Rio”.

O jornal peruano “El Comercio”, por sua vez, relatou o crime e ressaltou que a vereadora era crítica da intervenção federal na Segurança Pública do estado.

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