Brasileiros veem no intercâmbio oportunidade de crescer

Medos, inseguranças e questões financeiras seguem como obstáculos na hora de fazer um intercâmbio

Brasileiros veem no intercâmbio oportunidade de crescer
Canadá e Estados Unidos estão entre os países mais procurados pelos brasileiros (Foto: Pixabay)
 Por Henrique Schmidt

O Brasil ainda se recupera lentamente da recente crise econômica. Com o alto índice de desemprego e sem perspectiva de melhora em curto prazo, os brasileiros começaram a buscar alternativas para se destacarem em um competitivo mercado de trabalho. Neste contexto, o intercâmbio ascendeu como uma grande oportunidade, especialmente entre jovens de 22 a 29 anos.

Segundo a Pesquisa Selo Belta 2017, feita pela Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta), de 2015 a 2016, o número de brasileiros buscando intercâmbio cresceu 12%, com 246 mil viajando para o exterior em busca de algum tipo de experiência internacional. Canadá, Estados Unidos, Austrália, Irlanda e Reino Unido são, respectivamente, os destinos mais procurados por brasileiros.

De acordo com o estudo, entre os principais produtos comercializados pelas agências de intercâmbio estão os cursos de idioma, cursos de idioma com trabalho temporário, curso de férias para jovens, seguro saúde para viagem e ensino médio no exterior. A Selo Belta 2017 mostrou ainda que os brasileiros gastaram mais em 2016 durante o intercâmbio, com uma média de US$ 8,9 mil, um aumento de 82% em relação ao ano anterior.

No entanto, muitos ainda são os empecilhos que atrapalham os interessados a iniciarem a viagem de intercâmbio. O medo de estar sozinho em um país diferente, a insegurança em falar outra língua, a falta de dinheiro para fazer uma viagem, entre tantos outros.

A jornalista e blogueira pernambucana Luísa Ferreira, de 28 anos, dona do site Janelas Abertas, já passou por 27 países desde o fim da sua adolescência. O seu primeiro intercâmbio foi em Buenos Aires, capital da Argentina, quando tinha apenas 19 anos. Entre medos e receios, ela decidiu seguir em frente, e nunca mais parou, já tendo feito mestrado na Espanha, estudado na Aliança Francesa de Lyon, na França, e participado de uma ONG em Budapeste, na Hungria.

Instagram Janelas Abertas

Foto: Instagram/Janelas Abertas (Eslovênia)

“Meu primeiro intercâmbio foi para passar uns meses em Buenos Aires. Eu era muito apegada a minha zona de conforto, eu tinha muito medo de estar sozinha em outro lugar ou qualquer coisa que saísse muito do meu controle. Quando eu entrei na faculdade eu resolvi superar isso, e um pessoal da minha turma estava querendo fazer intercâmbio na Espanha por seis meses. Eu fiquei com muita vontade de ir, mas tinha medo de não conseguir lidar. Me assustava a ideia de passar seis meses sozinha longe de casa, na época eu tinha um namorado há alguns anos, meus amigos de sempre, etc. Mas fui passar uns meses em Buenos Aires e foi bem tranquilo no fim das contas”, relembra Luísa, em entrevista ao Opinião e Notícia.

Já o jornalista Gabriel Sarmento, de 26 anos, iniciou o seu intercâmbio em novembro de 2017, na cidade de Gold Coast, na Austrália, onde vai permanecer durante seis meses. Morador da zona norte do Rio de Janeiro e sem nunca ter feito um curso de inglês na vida, justamente pela falta de dinheiro, ele economizou o que ganhou durante o tempo que trabalhou, contratou uma empresa de intercâmbio e embarcou na jornada com o objetivo de aprender outra língua.

“Eu sempre sonhei em morar fora. Desde criança eu sempre quis. Minha intenção sempre foi os Estados Unidos, mas quando eu soube que na Austrália eu teria uma facilidade maior, optei pela Austrália. É claro que sempre tive vontade de aprender inglês, mas nunca tive dinheiro para pagar um curso”, explicou ao O&N.

Segundo a Selo Belta 2017, a maior parte dos estudantes que fez intercâmbio em 2016 era da região sudeste (65%), seguida pelo sul do Brasil (13%) e nordeste (7%). Além disso, a maioria deles tinha entre 25 e 29 anos de idade.

Os estudantes, por sua vez, investem em intercâmbio por diferentes motivos. Porém, de acordo com a pesquisa, os principais foram: aprender outro idioma, diferenciar o currículo no mercado de trabalho, promover vivência internacional com foco na carreira, investir na formação acadêmica e aumentar a chance de empregabilidade.

Preparação

Antes de se fazer um intercâmbio, é necessário estar bem preparado, elencando os seus objetivos, determinando para qual país deve ir, qual escola, qual agência de intercâmbio contratar, quanto de dinheiro é necessário para não passar dificuldades, quais aplicativos podem auxiliar na jornada. Além disso, é sempre importante viajar com os documentos atualizados e entrar em contato com a operadora telefônica e o banco para maiores informações sobre os serviços em outros países.

“Antes de vir para cá eu procurei pessoas que já moravam aqui para poder conversar. Consegui achar algumas pessoas legais que me deram algumas dicas valiosas. A língua é uma dificuldade inicial para todos, principalmente para mim, que nunca fiz curso de inglês.

Também é necessário se fazer algumas perguntas antes de definir o destino da viagem: qual é a língua que quer estudar? Por quanto tempo? Prefere ir para qual país? Frio ou calor? Cidade grande ou média? Precisa de visto? Prefere ficar em casa de família, hostel ou campus estudantil? Estudar ou trabalhar e estudar? Tendo as respostas de todas essas perguntas, e mais algumas, o planejamento já começa a se acertar para que nada prejudique a experiência da viagem.

“Você precisa aceitar que não tem como controlar tudo, algumas coisas podem dar errado, mas é preciso tomar algumas precauções práticas, como fazer seguro-viagem, se precaver na escolha de escola, cidade, acomodação para saber se é mais seguro, confiável, procurar informações. Tem gente que viaja por algumas organizações que promovem trabalho voluntário, mas já vi muitas histórias negativas, então é preciso pesquisar bem”, alerta Luísa.

Medos

É normal sentir medo quando se decide fazer um intercâmbio. Vários “E se’s” vêm à mente do estudante. E se não conseguir conversar? E se ficar perdido no meio da cidade e não conseguir se encontrar? E se o dinheiro acabar? E se ficar doente? E se o investimento não valer a pena? E se a experiência for ruim? E se tudo der errado?

A blogueira Luísa dá um conselho para aqueles que querem fazer um intercâmbio, mas têm medo. “A melhor coisa é: vá. Não tem que esperar o medo ir embora. Você tem que abraçá-lo, pegar a mão dele e ir junto, não deixá-lo escolher o caminho ou te controlar. É igual um livro que eu li que tinha essa metáfora: o medo vai estar sempre no carro com você quando você estiver fazendo as viagens da sua vida, mas você não pode deixá-lo ser o piloto. Ele vai estar no banco do passageiro, no banco de trás, assim como em alguns momentos ele vai falar muito, em outros ele ficará caladinho, mas você tem de aceitar que ele vai fazer parte, e seguir em frente mesmo assim. E decidir por conta própria o que você vai fazer, sem as opiniões dele”, diz Luísa.

Facebook/Gabriel Sarmento

Foto: Facebook/Gabriel Sarmento

Sarmento também minimiza o medo de quem deseja fazer intercâmbio, mas não sabe falar outra língua. De acordo com o jornalista, a escola onde o estudante fará o curso dá toda a preparação, fazendo teste de nivelamento e orientando o aluno da melhor maneira possível. Além disso, o brasileiro esclarece que, normalmente, nas cidades que as pessoas escolhem para fazer intercâmbio existem outras pessoas que já estiveram na mesma situação, e estão sempre dispostas a ajudar os “calouros”.

“Eu não sabia falar inglês, mas percebi que o meu espanhol era muito bom quando eu cheguei aqui, pois falei com alguns espanhóis, inclusive dividi apartamento com alguns. Mas o início no inglês também foi bem tranquilo porque a escola dá todo um suporte, você faz um teste de nivelamento, começa no nível que você precisa. Apesar de não saber inglês, eu sabia o básico para não passar fome, para sobreviver. Hoje eu estou mais tranquilo. Quem vem com o inglês mais fraco do que o básico, pode ter uma dificuldade, mas aqui na Austrália, em Gold Coast, tem muito brasileiro, então sempre tem alguém que pode te ajudar”, explica Sarmento.

Dificuldades

Algumas das principais dificuldades quando se faz intercâmbio sozinho, seja com agência ou por conta própria, é a saudade de casa, o desconhecimento do novo território a ser explorado, a diferença entre costumes e culturas entre os brasileiros e as pessoas de diferentes nacionalidades – dependendo do país em que se esteja, não é comum demonstrações públicas de afeto, os hábitos de higiene são diferentes, a forma de se conduzir um carro também, entre outras coisas.

Gabriel Sarmento admite estar com saudade da família e dos amigos, mas não da vida no Rio de Janeiro, que passa por problemas em diferentes áreas, tanto na segurança pública, quanto na ausência de empregos, deterioração da saúde, problemas na educação, etc. Segundo o jornalista, a principal dificuldade encontrada tem sido se adequar às normas na Austrália.

“Sinto saudades da minha família, mas do Rio de Janeiro eu não sinto um pingo de saudade porque está terrível. Aqui eu tenho a vida que no Brasil eu não tenho. Moro em um apartamento de frente para a praia, com piscina, sauna. A maior dificuldade mesmo que estou tendo aqui é com algumas regras. No Rio de Janeiro, por exemplo, se o sinal [de trânsito] está vermelho, em determinado horário a gente avança. Levei uma multa de velocidade uma vez, passei em um pardal a 68 km/h e era 60 km/h”, explica o jornalista.

A dedicação aos estudos também tem sido uma dificuldade para Sarmento, mas não por falta de vontade. Segundo ele, o primeiro mês de estadia durante um intercâmbio é mais tranquilo para se dedicar ao aprendizado da nova língua, justamente por não precisar trabalhar e já ter todas as contas pagas quando decidiu viajar. No entanto, a partir do momento que começa a exercer alguma profissão, o tempo fica mais curto, dificultando o estudo fora da escola de idiomas.

“Eu estou conseguindo me dedicar aos estudos, mas muito menos do que em meu primeiro mês aqui. Porque no primeiro mês que se está no intercâmbio você não trabalha. O dinheiro que se leva do Brasil dá para sustentar. Então, às vezes, eu não consigo parar em casa e estudar, muito também porque sempre tem alguma coisa para fazer, sempre tem uma festa, conversa com os colegas, estar na sala interagindo, pois não moramos sozinhos. Então, não sobra tempo”, explica Sarmento.

Para Luísa Ferreira, um dos principais problemas enfrentados assim que se chega a uma nova cidade para fazer intercâmbio é a solidão. No entanto, a blogueira crê que esse problema pode ser reduzido graças ao avanço da internet e as redes sociais, que permitem que os intercambistas mantenham contato com familiares e amigos frequentemente. Além disso, Luísa acredita que outros obstáculos, como o desconhecimento do território, também não precisam ser preocupantes, já que inúmeras outras pessoas já enfrentaram a mesma situação.

Instagram/Janelas Abertas

Foto: Instagram/Janelas Abertas (França)

“Se você quiser fazer amigos, estando em um lugar que tem outros estrangeiros as coisas vão acontecendo. As pessoas gostam de fazer amigos de outros lugares, é uma tendência natural do ser humano quando está viajando. Hoje também tem internet, então, no começo, se sentindo só, você pode ficar conversando com algum amigo, algum familiar pelas redes sociais. Também não tem que ter vergonha de, sei lá, ‘Eu não vou saber pegar um trem, não sei como funciona, não sei falar a língua direito’. Tem que lembrar do ‘Eu não sou daqui e não vim pra ficar’, não se importar com o que as pessoas estiverem pensando de você, saber que ninguém nasceu sabendo, que outras pessoas também chegaram ali com medo, inseguras e desconfortáveis”, destaca Luísa.

Evitando brasileiros

O Brasil tem uma das maiores populações do mundo, com mais de 200 milhões habitantes. Por isso, quando se faz um intercâmbio, não é incomum encontrar um conterrâneo em outro lugar do mundo. Porém, ficar longe dos brasileiros é um conselho que parece unanimidade quando se fala sobre intercâmbio.

Isso porque, quando se está em um grupo de brasileiros, ou com outras pessoas que falam o mesmo idioma, a tendência é que os diálogos ocorram da forma que as pessoas possam se entender melhor. Logo, sendo o objetivo do intercâmbio conhecer outros povos e outras línguas, o propósito da viagem acaba prejudicado.

“O conselho que eu posso dar é tentar morar com estrangeiro. Porque na Austrália tem muito brasileiro. Se você quiser viver e interagir só com brasileiro, você consegue, mas é sempre melhor buscar oportunidades com estrangeiros. Não que os brasileiros não sejam legais, mas a sua experiência maior é essa, conhecer outras culturas e tudo mais”, apontou Gabriel Sarmento.

Pixabay

Foto: Pixabay

Luísa Ferreira pensa da mesma forma e aconselha a todos os que desejam fazer intercâmbio a evitarem brasileiros, facilitando para que a nova língua seja treinada e a nova cultura seja conhecida da melhor forma possível, melhorando a experiência da viagem.

“Outra coisa que facilita ao fazer [intercâmbio] por conta própria é evitar brasileiro. Porque, por exemplo, na Aliança de Lyon não tinha quase nenhum brasileiro. Quando eu fui não tinha ninguém, que eu tenha conhecido, que tenha saído do Brasil para ir estudar lá porque eles não têm esse intermédio com as agências do Brasil. Então, as pessoas nem pensavam em Lyon. Isso foi uma vantagem porque eu não estava o tempo inteiro com brasileiros”, disse a blogueira.

Agência x viagem autônoma

Há duas principais formas de fazer intercâmbio atualmente. Uma é a contratação de agências especializadas no assunto, que facilitam todo o processo, mas podem cobrar um pouco mais por isso. A outra consiste no estudante organizar toda a sua viagem, desde a compra de passagens de avião, até a contratação de uma escola de língua estrangeira em outro país, o aluguel da acomodação, a alimentação, entre outras coisas.

Em seu primeiro e único intercâmbio até o momento, Gabriel Sarmento indica a contratação de uma agência de intercâmbio, exatamente pela segurança e facilidade que a instituição transmite para o contratante, que pode ficar livre para apenas pensar em estudar e aproveitar melhor a cultura do novo país.

“Eu contratei uma agência de intercâmbio e indico todo mundo a fazer isso porque, se você fizer por conta própria, você corre diversos riscos, como de ter seu visto negado. A diferença em relação ao valor não é muito grande. Então, busque uma agência boa, com boas referências, pesquise bastante, pergunte para as pessoas que moram no local sobre as melhores agências. É muito valioso fazer com agência porque eles ‘mastigam’ tudo e só te entregam. Fazer sozinho é muito arriscado, é um dinheiro que você pode perder, um sonho que pode acabar”, alerta Sarmento.

Mais experiente na prática, Luísa já optou por ambas as formas de viagens. Em seu primeiro intercâmbio, a blogueira, que tinha apenas 19 anos, preferiu a contratação de uma agência, também pela segurança que a empresa transmite aos contratantes. Sobre os custos, Luísa não acredita em uma grande diferença quando se fala da educação em outro país, mas admitiu que a contratação de uma acomodação pode gerar uma economia maior.

No primeiro intercâmbio [Buenos Aires] eu fui por agência. Nem conferi para ver se ia sair mais barato, sinceramente, porque ainda estava muito assustada. Quando eu cheguei vi que tinha gente que tinha escolhido a escola por conta própria, o que não fica tão mais barato, mas vi que eles também tinham escolhido acomodação por conta própria. Tinha gente que estava passando o mês em hostel ou algo assim. Normalmente, as agências conseguem preços bons com as escolas, até melhores, mas se você tiver como conseguir alguma acomodação alternativa pode sair mais barato do que as acomodações oferecidas pelas escolas. Mas, para quem vai pela primeira vez ou está inseguro, a agência dá um apoio, responde todas as dúvidas. É aquele suporte que vai estar ali, caso alguma coisa dê errado”, explica a blogueira.

Luísa Ferreira organizou sozinha sua viagem para a França, entrando em contato com a Aliança Francesa de Lyon, que era a mais barata na época. Depois de muita conversa através de troca de e-mails, a blogueira sentiu segurança em fechar o intercâmbio por conta própria, contratando também a acomodação com a instituição de ensino – uma residência universitária.

“Quando você está fazendo por conta própria, você pode, talvez, economizar. Você tem mais controle sobre certas coisas, mas também dá muito mais trabalho porque você tem que pesquisar muito sobre cada parte do processo e comparar informações para ver se é confiável para não entrar em roubada. Mas, atualmente, é muito mais fácil fazer isso porque tem tudo na internet, tem grupo no Facebook, então você consegue mais dicas”, destacou Luísa, fazendo ainda um comparativo com o que uma agência de intercâmbio pode oferecer de diferente.

“A agência facilita todo o processo, ela entrega tudo bonitinho, redondinho, só que, normalmente, vai ser o mesmo que já está sendo feito para várias outras pessoas, então nem sempre vai ser tão específico para as suas particularidades, mas algumas agências já oferecem um leque de opções de hospedagem e cursos bem variados”, aponta Luísa.

Aproveitando a cultura

Facebook

Foto: Facebook/Gabriel Sarmento

Além do estudo e do aprimoramento de outra língua, que são os principais objetivos de um intercâmbio, a possibilidade de conhecer outros lugares, uma nova cultura, é animadora. Em mais de quatro meses na Austrália, Gabriel Sarmento tem se mostrado empolgado, pensando, inclusive, em criar um canal de comunicação nas redes sociais para transmitir melhor as suas experiências no país.

“Conheci, recentemente, um parque que tem coalas, cangurus, é bem legal. Tem um crocodilo gigantesco de 5 metros de comprimento, 700 quilos. Foi uma experiência bem bacana, inclusive fiz alguns vídeos e estou com a ideia de fazer um canal no YouTube, ou postar no meu Instagram ou no meu Facebook. Então, quem quiser seguir, conhecer mais, pode me mandar mensagem, conversar. Toda troca de experiência é válida”, destaca Sarmento.

Luísa Ferreira, que fez mestrado na Espanha, ficou empolgada por ver o mesmo assunto de diferentes perspectivas. Enquanto aqui no Brasil já tinha se formado e trabalhado como jornalista, na Espanha ela aprimorou ainda mais o seu conhecimento durante o curso de mestrado, tendo acesso a outras referências que acrescentou em sua bagagem. Porém, a jornalista e blogueira deixa claro que o aprendizado em outros países vai muito além do simples estudo.

“Agora eu estou no México ‘a turismo’ porque estou trabalhando pelo blog, mas resolvi ficar num hostel que eu sabia que tinha um ambiente comunitário bem forte, que eles estimulavam que as pessoas passassem um tempo juntas, se conhecessem, trocassem experiência, e isso fez toda a diferença na minha experiência aqui. E estou encontrando várias pessoas que são amigas de amigas, que moram aqui, que são daqui, para conversar, conhecer as comidas, falar sobre o país, entender melhor a realidade social, política e econômica. Ir em um museu ensina muito, mas, às vezes, conversar com as pessoas ensina muito mais”, finaliza Luísa.

O&P

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