Médicos do Canadá protestam contra aumento do próprio salário

Na semana passada, em Quebec, no Canadá, centenas de médicos protestaram contra o aumento de seus salários. Eles não aceitaram o aumento de salário proposto pelo governo, dizendo que eles já recebem suficientemente bem.

 Dessa forma, mais de 700 estudantes de medicina, médicos e residentes assinaram uma petição online pedindo para que o aumento fosse cancelado. Na petição, eles diziam: “Nós, médicos de Quebec, acreditamos em um sistema público forte, que se opõe aos recentes aumentos salariais negociados pelas nossas federações médicas”.

Os médicos afirmam que não podem aceitar este aumento, sendo que os enfermeiros continuam recebendo salários baixos e os pacientes não estão tendo acesso a vários serviços, já que o setor da saúde pública vem sofrendo vários cortes já há algum tempo.

A questão dos enfermeiros já vem sendo discutida há meses, em Quebec, através de reuniões com o governo das quais os profissionais exigem melhores condições de trabalho. Devido a este problema, a província enfrenta uma verdadeira falta de enfermeiros, o que acaba sobrecarregando os poucos que existem.

Em janeiro, uma enfermeira chamada Émilie Ricard postou uma foto (abaixo) em que estava claramente aparentando cansada, na qual dizia que estava exausta, já que estava cuidando de 70 pacientes ao mesmo tempo.

Nancy Bédard, presidente do sindicato dos enfermeiros de Québec, questiona: “Sempre há dinheiro para os médicos, e sobre os outros que cuidam dos pacientes?”.

Com forte senso de comunidade e pensando no sistema de saúde como um todo e não apenas em seus salários, os médicos de Quebec também disseram que acreditam que os recursos devem ser melhores distribuídos.

“Ao contrário das declarações do primeiro-ministro, acreditamos que existe uma maneira de redistribuir os recursos do sistema de saúde do Quebec para promover a saúde da população e atender as necessidades dos pacientes sem pressionar os trabalhadores até o fim”, declarou Nancy.

Após a pressão da classe médica, o ministro da saúde afirmou que vai resolver a questão dos enfermeiros de uma vez por todas.

Fonte:Ciberia

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