Contas e cálculos dominam a política

Paulo Câmara

Paulo CâmaraFoto: Brenda Alcântara/Folha de Pernambuco
BLOG DA FOLHA

Com a proximidade do início da campanha eleitoral, começam a circular especulações sobre a formação das chapas na proporcional. Pelo que se comenta, poderão sair três chapas a deputado federal, tendo a do governador Paulo Câmara (PSB) chapinha à parte.

Uma teria na majoritária o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), outra o senador Armando Monteiro (PTB) e a terceira do governador. Embora tenha causado insatisfação entre integrantes da Frente Popular, o deputado federal e presidente estadual do PP, Eduardo da Fonte, se empenha em montar aliança com o PSL, SD, PDT e PCdoB para eleger mais parlamentares. Todos os partidos são da base do governo.

Pelos cálculos dos políticos, o chapão do governador caminha para sair, na proporcional, com PSB, PR, PSD e PT e poderia fazer de 10 a 12 deputados. A expectativa, de acordo com um socialista, é que sejam eleitos, pelo menos, seis correligionários. Nesta pespectiva, no entanto, a cúpula petista iria jogar por terra o objetivo de recompor a bancada federal.

“O PT só conseguirá fazer um deputado, que deverá ser Humberto Costa ou João Paulo. Não tem voto suficiente para mais que isso”, afirmou a fonte. Alas do PT defendem a aliança com PSB por causa da possibilidade de ganhar uma vaga na majoritária.

Já no bloco da oposição, a chapa de Bezerra Coelho, caso tenha como aliados o PSDB, o PSC, o PV, PRTB e PSDC, faria de três a quatro na proporcional.

Já o grupo do senador Armando Monteiro, se tiver acordo com o DEM, Podemos, PRB, Avante e PPS, conseguiria fazer de quatro a cinco parlamentares.

Nestas eleições, a dinâmica da proporcional poderá causar uma reviravolta no cenário eleitoral. Isso porque houve uma mudança no código eleitoral, em 2017, que permite que siglas que não alcançaram o coeficiente eleitoral, neste ano de 170 mil votos, possam disputar as vagas não preenchidas diretamente pelos coeficientes partidários, as chamadas “sobras de voto”.

Antes, somente poderiam conquistar uma cadeira no Legislativo aqueles que tivessem atingido o coeficiente eleitoral. A nova regra beneficia os partidos nanicos, que antes buscavam se encaixar nos chapões. No entanto, é preciso ter uma votação que seja próxima ao coeficiente.

Por causa da mudança no regramento, muitos partidos querem fazer chapinhas, como o PP, que fará uma puro sangue na disputa estadual. “A expectativa é eleger de 10 a 12 deputados”, contou Eduardo da Fonte.

O deputado federal Silvio Costa (Avante), o estadual André Ferreira (PSC) e o vereador Davi Muniz (Patriota) tentam formar outras coligações à parte, mas nada foi fechado

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