Marco Aurélio nega pedido de Aécio para plenário do STF decidir sobre prisão

Neves queria tirar caso da 1ª Turma da Corte

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello negou a solicitação do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) para que o plenário da Corte decida sobre o pedido de prisão contra o tucano, apresentado pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

O ministro é relator do inquérito que investiga Neves e manteve na 1ª Turma o julgamento do recurso que pede a prisão dele. No documento que solicita a decisão em plenário, o advogado Alberto Toron, que defende o tucano, argumenta que o pedido é “da mais alta relevância e gravidade”.

Em nota, Toron disse respeitar a decisão de Mello. O advogado afirma que o julgamento em plenário havia sido sugestão do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, e do ministro relator da Lava Jato, Edson Fachin.

A 1ª Turma do STF deve deliberar sobre o pedido na próxima 3ª feira (20.jun.2017). A tendência é rejeitar a prisão e manter o afastamento de Aécio do Senado. Compõem o colegiado os ministros Marco Aurélio Mello, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Rosa Weber.

A defesa do congressista também pede que Neves volte ao exercício do mandato, do qual foi afastado em maio por decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato.

A PGR pede a prisão de Aécio para, segundo o órgão, evitar que o congressista obstrua as investigações.

LEIA NA ÍNTEGRA A NOTA DA DEFESA DE AÉCIO NEVES

A defesa do Senador Aécio Neves informa que, no pedido levado ao Ministro Marco Aurélio, se limitou a reiterar pedido do próprio Procurador Geral da República e a orientação dada pelo Ministro Fachin. Ambos propuseram que a questão da prisão preventiva fosse julgada pelo pleno do Supremo Tribunal Federal.

O senador Aécio reafirma seu respeito à decisão do Ministro Marco Aurélio e a todos os integrantes da 1a. Turma e reitera estar ao dispor da Justiça para prestar todos os esclarecimentos, confiante que a correção de seus atos será comprovada.

Alberto Zacharias Toron
Advogado

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *