Parlamentares se calam perante ao mais duro golpe contra a Lava Jato

Parlamentares se calam perante ao mais duro golpe contra a Lava Jato

Michel Temer assinou na quarta-feira passada, uma medida provisória que amplia os poderes punitivos do Banco Central (BC) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A medida dá poder ao Banco Central para fechar acordos secretos de leniência com bancos é considerada uma das ferramentas mais poderosas contra a Lava Jato.

Ela também estabelece a possibilidade de sigilo absoluto do acordo, além de permitir que a instituição financeira não precise delatar terceiros para fechar a leniência. Para o Ministério Público Federal, o sigilo é o mecanismo mais preocupante, já que prejudica outras investigações.

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn poderá perdoar bancos e banqueiros sem prestar contas à sociedade, e as instituições financeiras restituirão uma ninharia aos cofres públicos.

No caso do BC, infrações cometidas no sistema financeiro poderão ser punidas com multa de até R$ 2 bilhões. Para se ter uma ideia, o valor representa apenas 20% do valor do acordo da JBS com o MPF.

Os benefícios concedidos à JBS são insignificantes se comparados aos que o BC daria aos bancos.

Até o momento, nenhum parlamentar questionou a MP. É nessas horas que percebe-se que na política brasileira, não há oposição.

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