Procurador preso pela PF bancou casamento luxuoso em hotel do Rio

Ângelo Vilela esbanjou no evento, em 7 setembro de 2013, que foi festejado no famoso Copacabana Palace, em frente à Praia de Copacabana

Bem antes de ser preso quinta-feira (18/5) pela Polícia Federal, acusado de receber propina para passar informações sigilosas da Lava Jato aos executivos da JBS, o procurador da República Ângelo Goulart Villela, de 36 anos, ostentava uma vida de luxo. Em 2013, ele bancou um requintado casamento com a também procuradora Ana Luisa Zorzenon, de 35 anos. O evento, realizado no 7 de setembro daquele ano, teve como palco o Copacabana Palace – o luxuoso (e mundialmente famoso) hotel em frente à Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A informação é do jornal Extra.

Antes da festa começar, o casal trocou as alianças em um dos mais tradicionais templos católicos do estado do Rio de Janeiro: a Igreja de Nossa Senhora do Outeiro da Glória, no bairro da Glória, também na Zona Sul da cidade. O espaço foi ornamentado com diferentes flores brancas, colocadas em vasos de prata. O próprio vestido da noiva, importado de Nova York, refletiu a pompa da cerimônia.

Acusação
Além de ficar atrás das grades, o procurador foi afastado de suas funções no Ministério Público Federal e exonerado do cargo que ocupava na Procuradoria Geral da República, onde tinha salário de R$ 28.947,55. Em dezembro do ano passado, ele recebeu o pagamento mensal mais gratificação natalina, no valor de R$ 14.473,78.

Ângelo Goulart Villela também foi desligado da força-tarefa da Operação Greenfield, desdobramento da Lava Jato que apurava desvios em fundos de pensão envolvendo, entre outros, o empresário Joesley Batista, dono da JBS. Ele é acusado de tentar atrapalhar a investigação e de passar informações ao grupo empresarial.

Antes de atuar na Procuradoria-Geral da República, Vilela foi procurador estadual em Roraima. Também passou pela Procuradoria da República no município paulista de Guarulhos. Já a mulher, Ana Luisa Zorzenon, é funcionária do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que tem como função zelar pelas boas práticas nos MPs de todo o país.

Fonte: Metrópoles

 

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