Folha de S.Paulo – Natália Portinari
O Brasil é um dos países com maior potencial de automatização de mão de obra, atrás apenas de China, Índia e Estados Unidos na quantidade de trabalhadores que poderiam ser substituídos por máquinas.
De acordo com estudo da consultoria McKinsey, 50% dos atuais postos de trabalho no Brasil poderiam ser automatizados, ou 53,7 milhões de um total de 107,3 milhões.
O setor com maior percentual de empregos automatizáveis no Brasil é a indústria, com 69% dos postos. Em seguida, ficam hotelaria e comida (63%) e transporte e armazenamento (61%).
“Todos os países estão passando por redução de empregados na indústria e migração para os serviços”, afirma Bruno Ottoni, pesquisador de economia aplicada do FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia). “A fronteira dos serviços vai demorar mais a ser cruzada, já que os postos são mais qualificados”, diz.
China e Índia têm, juntas, 700 milhões de postos que poderiam ser cortados.
A consultoria não prevê quantos postos serão criados com tecnologia nos próximos anos, mas fala de uma reestruturação do ambiente de trabalho, semelhante à revolução verde na agricultura, na metade do século 20.
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