Representante do Mali é ‘pego de surpresa’ durante ocupação em ministério

Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário foi ocupado por servidores do INSS contra reforma da Previdência. Embaixada disse que enviaria porta-voz.

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Um representante do governo do Mali foi surpreendido pela ocupação da sede do Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário por servidores do INSS nesta segunda-feira (8) em Brasília. Ele estava no prédio para uma reunião envolvendo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Segundo os manifestantes, o malês não foi mantido em cárcere privado porque, apesar de a porta principal estar fechada com cadeado, existem outras saídas. O grupo também informou ao G1 que buscava ajuda do estrangeiro para convencer o ministro Osmar Terra a recebê-los.

Procurada, a Embaixada do Mali disse que enviaria um diplomata para acompanhar a situação e ajudar o cidadão do país.

Contrário à reforma da Previdência, os manifestantes alegam haver “desmonte progressivo dos serviços previdenciários de reabilitação profissional e serviço social”. “Estamos aqui porque todas as chefias do serviço social foram exoneradas. É o fim do serviço social no INSS”, afirmou um técnico do INSS que não quis se identificar.

O ministério afirmou que avaliava o impacto do protesto. “Ninguém entra no ministério e ninguém sai. O secretário-executivo, Alberto Beltrame, já disse que pode recebê-los, mas eles querem conversar apenas com o ministro Osmar Terra, que cumpre agenda em Campo Grande”, declarou a pasta.

A Polícia Militar informou que o protesto reuniu cerca de 100 pessoas – sendo 40 dentro do prédio. A corporação disse que não houve depredação no edifício. Até a última atualização desta reportagem, o grupo ainda continuava no ministério.

Entre outros pontos, a proposta de reforma propõe idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres para se aposentar pelo INSS, além de 25 anos de tempo de contribuição. Para ser aprovado na comissão, é preciso que receba pelo menos 19 dos 37 votos.

Depois, o texto fica pronto para seguir para o plenário da Câmara, onde, por se tratar de uma mudança na Constituição, precisará de pelo menos 308 votos para ser aprovado e enviado ao Senado.

Fonte: G1

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