Trombose agrava situação de Marisa, afirma especialista

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Do UOL

A descoberta de uma trombose nas pernas da ex-primeira dama Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), agrava o quadro médico dela, de acordo com um angiologista.

O boletim médico divulgado na tarde de hoje pelo hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, informou que, no dia anterior, “foi detectada a presença de trombose venosa profunda dos membros inferiores”.

Trombose é a formação de coágulos nas veias, que bloqueiam o fluxo do sangue. Se forem carregados pela corrente sanguínea até o cérebro, os pulmões ou o coração podem causar embolia e levar à morte.

A forma mais eficaz de tratamento da trombose é por meio do uso de anticoagulantes, que, no caso da ex-primeira dama, não foram receitados porque ela teve um AVC (acidente vascular cerebral) hemorrágico.

Para evitar que a trombose evolua para uma embolia, os médicos colocaram um filtro de veia cava em Marisa Letícia, para impedir que coágulos se desloquem até outras partes do corpo.

“Esse filtro posicionado dentro da veia cava evita a progressão de coágulos; vai segurar a passagem de coágulos acima de três milímetros, que são considerados fatais”, explica Carlos Peixoto, presidente da regional Rio de Janeiro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.

De acordo com o médico, a ocorrência de trombose é comum em pacientes que estão há mais de três dias de cama, que é o caso de Marisa Letícia, internada há uma semana na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

“Todo paciente que fica acamado por mais de três dias tem chance de ter trombose porque o sangue passa a circular com mais lentidão”, detalha Peixoto.

Ele afirma, no entanto, que a trombose, no caso da ex-primeira dama, agrava sua situação. “É uma complicação que piora o quadro dela porque, de maneira geral, não se está tratando a trombose, mas evitando a embolia. Além de tratar o hematoma cerebral, agora é preciso cuidar dos membros inferiores para evitar que a trombose se estenda”, esclarece.

O angiologista alerta que, como Marisa Letícia foi fumante e era sedentária, uma embolia pulmonar “é um perigo maior”. “Qualquer coágulo que vá para o pulmão em um paciente com histórico de fumo tem prognóstico pior que outro paciente que nunca fumou”, declara.

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