Jucá defende que conteúdo das delações seja liberado

Do G1

O presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), defendeu, hoje, que o conteúdo das delações da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato seja “liberado”.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, já homologou as delações dos 77 executivos e ex-executivos da empreiteira e o material foi remetido à Procuradoria Geral da República.

Segundo o colunista do G1 Matheus Leitão, a PGR pedirá ao Supremo que retire o sigilo do conteúdo dos depoimentos.

“Eu defendo que isso [conteúdo das delações] seja liberado. Eu não defendo o sigilo nos processos, exatamente porque o sigilo leva ao vazamento seletivo, que é, exatamente, maldoso e descaracteriza o processo como um todo”, disse Jucá nesta terça.

“Quem vaza um pedacinho ou uma parte [de delações], não se tem consciência do todo”, acrescentou.

Romero Jucá deu a declaração após ser questionado sobre o assunto nesta terça, ao deixar uma reunião da bancada peemedebista no Senado.

Líder do governo no Congresso Nacional, o presidente do PMDB é alvo de inquéritos no STF relacionados à Operação Lava Jato.

Ex-diretor cita Jucá

No relato aos investigadores da Lava Jato, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho detalhou como repassava propina ao PMDB no Senado em troca de apoio a propostas de legislação de interesse da empresa (relembre no vídeo abaixo).

Cláudio afirmou que o “núcleo dominante” no Senado era formado por Romero Jucá (RR), Renan Calheiros (AL) e Eunício Oliveira (CE) os três peemedebistas negam as acusações.

Saída de ministério

Em maio do ano passado, Jucá foi nomeado por Temer ministro do Planejamento. Menos de duas semanas após assumir o cargo, o senador deixou o posto após o jornal “Folha de S.Paulo” divulgar áudios de conversas de Jucá no qual ele sugeria um “pacto” para barrar a Operação Lava Jato.

À época, Jucá afirmou que “não há demérito nenhum em ser investigado, o demérito é ser condenado”.

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