Competindo com urubus para matar a fome

Em Solânea, no Agreste paraibano, a 69 km de Campina Grande, gente se mistura com urubus em busca do pão de cada dia num lixão vergonhoso. “Não tenho outro jeito de arranjar uns trocadinhos”, diz Jesuino Souza, 43 anos, catador de recicláveis na área há mais de dez anos. Ele foi encontrado, há pouco, ao lado da esposa Maria, 33 anos, também catadora. Contou que os urubus, em grande número no lixão, já são “companheiros” de convivência histórica. “As vezes eles enchem o saco quando ficam esfomeados”, diz. Este é o país dos contrastes sociais.

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