Operação Condor: Instituto Miguel Arraes cobra punições

O IMA – Instituto Miguel Arraes, representado por seu presidente, Antônio Campos, ajuizou, hoje, em Brasília, uma representação perante a Procuradoria Geral da República solicitando que aquele órgão investigue e ajuíze as medidas judiciais cabíveis no intuito de punir os sobreviventes e participantes da Operação Condor no Brasil, responsáveis por vitimar diversas lideranças políticas.

A Operação Condor foi uma aliança político-militar existente nas décadas de 1970 e 1980, formada por vários regimes militares da América do Sul, com o objetivo de coordenar a repressão e eliminar líderes políticos opositores a essas ditaduras.

O documento protocolado por Campos possui diversos depoimentos, inclusive do seu avô Miguel Arraes, que foi uma das principais testemunhas quanto à Operação Condor na História do Brasil, que nesse ano registra o seu centenário de nascimento. A existência da Operação Condor no Brasil foi confirmada pela Comissão Nacional da Verdade, mas não há punidos no caso, no Brasil.

Diversos países, a exemplo da Argentina e do Chile, já determinaram a prisão de envolvidos na Operação Condor. A Argentina prendeu seu ex-ditador, Jorge Rafael Videla, acusado de ter praticado os crimes de formação de quadrilha, privação ilegal de liberdade e tortura. Já a Justiça Chilena ordenou a prisão de 129 ex-militares e policiais considerados participantes da Operação Condor, sob a acusação de terem planejado sequestros qualificados e uma série de ataques a políticos, à época da ditadura do General Augusto Pinochet.

Em sendo assim, “tendo em vista que o Ministério Público e o Poder Judiciário têm sido os protagonistas da verdadeira reforma política em trâmite no país, episódios como a Operação Condor têm que ser investigados e punidos, afinal, somente através do esclarecimento dos verdadeiros fatos ocorridos no período ditatorial e dos indivíduos os quais ordenaram sua execução e/ou propriamente os efetivaram, será possível termos uma verdadeira democracia no Brasil ao punirmos também fatos do passado que não podem ser esquecidos”, disse o presidente do Conselho Deliberativo do IMA, Antônio Campos.

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