As ervas do recesso

Nessa primeira semana útil do ano, ninguém no mundo político tem dúvidas de que a Lava Jato vai dar o tom desse universo em 2016 num salve-se quem puder pior do que o de 2015 porque o cerco começa a se fechar.

Até a retomada do Congresso, a série de troca de mensagens entre Leo Pinheiro, o executivo da OAS preso, e autoridades estarão no decanter, bem como as demais citações que envolvem os ministros palacianos.

No Planalto, tudo é visto como um ataque especulativo e seletivo sobre os principais ministros de Dilma Rousseff, em especial, Jaques Wagner, da Casa Civil, que começou a refazer as pontes com o Congresso. No PMDB, entretanto, há quem veja nos trechos dos vazamentos uma tentativa de deixar Michel Temer em baixa.

Com ambos no desgaste, ministros e Michel preserva-se Dilma enfraquecida, sem condições de aprovar CPMF para salvar a economia. Aí está a largada de 2016 e a ótica de parte de seus atores políticos.(Denise Rothenburg – Correio Braziliense)

 

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