A farra do BNDES

O BNDES pode não estar em seus melhores dias, mas a diretoria do banco continua com o poder de fechar contratos de valor ilimitado, sem a necessidade de aprovação interna. O mecanismo que prevê tamanha ‘liberdade’ no estatuto do banco é renovado anualmente e, mesmo em tempos de vacas magras, foi mantido este ano pelo Conselho de Administração, composto pelos ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa, entre outros.

O que Levy, sim, vetou, foi a polpuda verba indenizatória paga a ex-diretores do banco que ficam em quarentena de seis meses depois de deixarem o cargo. O Ministério da Fazenda criou um grupo de trabalho para equiparar esse tipo de benefício em todas as estatais e detectou que, no caso do banco, a indenização é muito elevada. Luciano Coutinho chiou.

Coutinho não tem andado muito satisfeito com Levy. Em 2014, o presidente do banco relatou a conselheiros as dificuldades que o BNDES enfrentava para conseguir cumprir as regras de pagamentos de dividendos ao Tesouro, mas tinha garantias de que, no ano seguinte, o esforço seria compensado. A ponderação consta de ata da reunião do Conselho de Administração da entidade, realizada em maio do ano passado. Hoje, Coutinho reconhece que a situação fiscal é delicada. Mas comenta internamente que o arrocho poderia ter sido menos brutal.  (Radar Online – Veja)

 

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