Levy bate em Mantega: brincadeira cara

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, criticou nesta sexta-feira, 27, em entrevista coletiva, o sucesso das medidas de desoneração fiscal adotadas durante o primeiro governo da presidente Dilma Roussef, que teve o ex-ministro Guido Mantega como ministro da Fazenda.

“Essa brincadeira [desoneração da folha] nos custa R$ 25 bilhões por ano e vários estudos nos mostram que isso não tem protegido o emprego. Tem que saber ajustar quando não está dando resultado. Não deu os resultados que se imaginava e se mostrou extremamente caro. A gente não está eliminando. Está reduzindo [o benefício]”, declarou Levy.

Segundo o ministro, as mudanças da desoneração da folha de pagamento e do Reintegra devem gerar uma receita para o governo da ordem de R$ 14,6 bilhões, contribuindo para o cumprimento da meta fiscal do governo. Segundo o ministro, mesmo com as mudanças, a renúncia fiscal com a desoneração da folha e o Reintegra em 2015 será de cerca de 16,6 bilhões de reais.

Respondendo indiretamente as críticas das indústrias às novas medidas, Levy avaliou que, em um momento em que a economia está se ajustando, as empresas também “vão ter de se ajustar”.  “Acreditamos que aumenta a eficiência na economia. Neste momento, o Tesouro Nacional não pode estar pagando R$ 25 bilhões para estas empresas pagarem seus compromissos com o INSS. Esse é um dinheiro que passará naturalmente a se encaminhar para a Previdência Social”, disse.

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